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Reprodução dos Escorpiões

 

A reprodução dos escorpiões é realizada no mesossoma, formado por sete segmentos, é nele que estão os órgãos e as estruturas reprodutivas (Figura 1).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura-1 Esquemas do aparelho reprodutor feminino (ovariútero) e masculino:

cg) câmara genital; de) ducto espermático; fo) folículo ovariano; ga) glândula acessória; op) órgão paraxial; ov) oviduto; rs) receptáculo seminal; ts) testículo; vs) vesícula seminal. Fonte: esquema central do escorpião adaptado de Candido e colaboradores (2005).

 

Os escorpiões podem apresentar duas formas de reprodução, sendo ela sexuada, ou seja, realizada por uma fêmea e um macho, ou assexuados, nesse caso a partenogênese, realizada apenas pela fêmea.  A corte dos escorpiões pode ser dividida em três fases: Iniciação, a dança e transferência de espermatozóides.  Na primeira o casal se encontra e ocorre o reconhecimento específico sexual, somente prosseguindo se a fêmea for receptiva. Enquanto ocorre a dança, o macho conduz a fêmea em varias direções, reduzindo sua agressividade e procurando o lugar mais adequado para realizar o deposito do espermatóforo. Na ultima fase o macho deposita o espermatóforo e puxa a fêmea, posicionando-a sobre ele (Figura 2).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura-2 A) casal de T. mattogrossensis em cópula; B) espermatóforo de T. brazilae.

 

A segunda forma de reprodução desses animais é a partenogênese, onde os óvulos se desenvolvem sem fecundação do macho, sendo uma estratégia adotada por varias espécies pelo mundo. Os óvulos se desenvolvem e originam um indivíduo sem que haja uma fecundação, precisando apenas de boas condições de calor e alimentação para ocorrer (Figura 3).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura-3 A) escorpião partenogenético T. serrulatus com 31 filhotes no dorso; B) fêmea de T. mattogrossensis com filhotes no dorso após realização da primeira ecdise.

 

A gestação de ambas as espécies, tanto aquelas que realizam uma reprodução sexuada tanto aquelas que realizam uma reprodução assexuada, podem variar entre 2 meses (sendo uma gestação curta) ou até 22 meses (consideradas extremamente longas).

 

 

Referências

 

BRAZIL, T. K. Os escorpiões / Tania Kobler Brazil, Tiago Jordão Porto ; prefácio Sylvia Marlene Lucas ; apresentação Tania Kobler Brazil. - Salvador : EDUFBA, 2010.

 

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual de controle e manejo de escorpiões. Brasília, 2009.

BENTON, T. G. Reproductive biology. In: BROWNELL, P.; POLIS, G. A. (Org.). Scorpion biology and research. New York: Oxford University Press, 2001. p. 278-301.

 

LOURENÇO, W. R.; EICKSTEDT, V. R. Escorpiões de Importância Médica. In: CARDOSO, J. L. C. ET al. Animais peçonhentos no Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. São Paulo: Sarvier, 2009. p. 198-213.

 

SÁ, L. C. M. Ecologia do Tityus Serrulatus e ação de sua peçonha no corpo humano. Para obtenção do grau em ciências Biológicas, UniceuB, Brasília 2002.

 

 

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