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Epidemiologia do Escorpionismo

 

            Os acidentes por escorpião têm sido considerados um grave problema de saúde pública em países tropicais e subtropicais devido à alta incidência e potencialidade do veneno em induzir quadros clínicos graves, às vezes fatais. A incidência dos acidentes por escorpiões é maior em homens com idade entre 20 e 40 anos, e os pés e as pernas são os principais locais da picada.

 

           A maioria dos casos ocorre em zona urbana, com distribuição sazonal nos estados do Sul e Sudeste nos meses quentes e chuvosos, porém praticamente uniforme ao longo do ano no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Em 2009, foram notificados no Brasil 45.721 acidentes causados por escorpiões, representando um aumento superior a 7 mil casos, quando comparado ao ano anterior (38.671).

 

         São reconhecidos como escorpiões de importância médica no Brasil os pertencentes ao gênero Tityus, em especial quatro espécies: T. serrulatus, T. stigmurus, T. bahiensis e T. Obscurus, sendo que a espécie T. Serrulatus é responsável pelo maior numero e mais graves acidentes. A espécie está muito bem distribuída no páis devido à reprodução partenogenética que possibilita rápida disseminação no meio.

 

         Segundo a Secretária de Vigilância em Saúde (2009): São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Espirito Santo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Parána, Santa Catarina e Rio Grande do Sul são os estado com maior registro de acidentes com escopiões.

 O Veneno escorpiônico é uma mistura complexa de proteínas básicas de baixo peso molecular associado a pequenas quatidades de aminoácidos e sais, sem atividade hemolítica, proteolítica, colinesterásica, fosfolipásica, e não consome fibrogênio.

 

Vejam os dados de incidência de casos por acidentes com escorpiões na Região Sudeste e no Brasil, disponibilizados pela Secretária de Saúde de Americana/ SP (Figura 1 e 2).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

BARROS, R.M. Perfil clínico e epidemiológico dos acidentes por escorpião no município de campina grande, estado da paraíba. 2012.

 

Departamento de Vigilância Epidemiológica, Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde. Manual de controle de escorpiões. Brasília: Ministério da Saúde; 2009.

 

LAURENÇO, W. R. EICKSTEDT, V. R. D. V. Animais perçonhentos no Brasil: biológia, clínica e terapeuticas dos acidentes. 2. Ed. São Paulo. 2009.

 

Ministério da Saúde. Situação epidemiológica das zoonoses de interesse para a saúde pública. Boletim Eletrônico Epidemiológico 2010; 10(2).

 

SILVA, J.D. Escorpionismo no Brasil. Programa de Pós graduação em biológia animal. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. 2012.

 

NETO, J.B & BRASIL, J. Estratégias de controle do escorpionismo no município de Americana, SP. Bepa, volume 9 nº 101, maio de 2012.  Disponível em: http://www.cve.saude.sp.gov.br/bepa/txt/bepa101_escorpionismo.htm.

 

 

Figura 1- Incidência de casos de acidentes por escorpiões no Brasil de 2000 a 2010.

Figura 2- Incidência de casos de acidentes por escorpiões na Região Sudeste de 2000 a 2010.

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