Sorologia
Os testes sorológicos são técnicas para detecção e a quantificação de antígenos que são substância química ou orgânica capaz de produzir anticorpos. O soro anti-escorpiônico é um líquido composto por imunoglobulinas específicas, purificadas e concentradas, e para que o tratamento com o soro possa ser eficaz, é necessário identificar qual a quantidade média de peçonha que pode ter sido inoculada em uma vítima. No caso do Tityus Serrulatus essa quantidade está em torno de 0,38mg por indivíduo.
Já a soroterapia é o tratamento indicado para a picada de grande parte dos animais peçonhentos. Esse método consiste na aplicação de um soro formado por um concentrado de anticorpos (células que cumprem o papel de defesa do organismo) no paciente, com o objetivo de combater um agente tóxico específico como venenos ou toxinas. Com base em estudos científicos, para cada tipo de veneno existe um soro específico, preparado com a mesma toxina do animal peçonhento que causou o acidente.
Figura 1- Extração do veneno.
TRATAMENTO
O tratamento para picada de escorpiões vai desde a utilização de lidocaína a 2% e dipirona para os casos considerados mais leves, até mesmo o uso de soro anti-escorpiônico (SAEEs) para os casos considerados moderados ou graves. As quantidades de soro anti-escorpiônico variam de acordo com a faixa etária e com a quantidade de veneno no corpo do paciente, levando em consideração sua massa corporal.
Os sintomas observados da peçonha dos escorpiões podem ser controlados de acordo com a injeção de soro anti-escorpiônicos. Experimentos com ratos mostraram que quando o soro é injetado simultaneamente com o veneno não há observação de sintomas nos animais não ocorrendo óbitos. Quando o soro é injetado 1 hora após a injeção do veneno é observadas reações como dificuldades respiratórias que cessam logo após a injeção de soro anti-escorpiônico. (Revelo et al,1996).
A administração do anti-veneno específico pode impedir o agravamento das manifestações clínicas pela presença de títulos elevados de anticorpos circulantes capazes de neutralizar a toxina que está sendo absorvida a partir do local da picada.
Referências:
SÁ, L. C. M. Ecologia do Tityus Serrulatus e ação de sua peçonha no corpo humano. Para obtenção do grau em ciências Biológicas, UniceuB, Brasília 2002.
Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos, 2ª ed. - Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2001.
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CUPO P; AZEVEDO-MARQUES MM & HERING SE. Acidentes por animais peçonhentos: Escorpiões e aranhas. Medicina, Ribeirão Preto, 36: 490-497, abr./dez. 2003.
